Viva o 8 de março! Dia Internacional da Mulher Trabalhadora!
O Dia Internacional da mulher trabalhadora é um dia de homenagem à luta das mulheres do povo que foi proposto por Clara Zetkin em 1910, na II Conferência de Mulheres Socialistas realizada na Dinamarca. Aprovada, a homenagem foi realizada em dias diferentes nos primeiros anos.
A escolha do 8 de março teve como referência a grande manifestação que aconteceu nessa mesma data em 1917 em Petrogrado, na Rússia, com a participação de milhares de mulheres operárias contra o regime czarista, dando início a uma greve geral, que depois de duras e longas batalhas, findou-se na Grande Revolução na Rússia.
No entanto, a classe dominante, aliada ao imperialismo, com o objetivo de combater o caráter revolucionário da data, nega esse grande momento histórico e apresenta outra versão para o 8 de março, homenageando as tecelãs de Nova Iorque, no episódio em que morreram 129 operárias e 23 operários no criminoso incêndio provocado pelos patrões da fábrica, no intuito de transformar essa data em um dia de homenagem à "todas as mulheres" se esquecendo do verdadeiro caráter de classe da mesma.
SAUDAÇÃO DO COMANDO DE LUTA
O comando de luta defende que esse dia seja relembrado como um dia de luta da mulher proletária, trabalhadora. Esse dia não pertence à todas as mulheres, pois muitas delas fazem parte dessa classe dominante que oprime as massas (mulheres e homens) mais pobres.
Saudamos vigorosamente à nossa categoria, que em sua maioria são professoras e servidoras administrativas. Mulheres guerreiras, muitas vezes com jornada tripla e que em muitos casos são responsáveis economicamente pela renda familiar.
Mulheres que além de educar seus filhos, educam e instruem os filhos do povo.
Mulheres que em todas as lutas pelos direitos da educação estão na linha de frente dessas batalhas. São elas, na maioria das vezes, que estão segurando cartazes, gritando palavras de ordem e usando o carro de som para falar com a sociedade.
À essas mulheres, toda nossa admiração!
Estendemos nossa homenagem às tantas outras trabalhadoras: domésticas, garis, operárias, vendedoras, camelôs, estudantes, camponesas... que também lutam arduamente, todos os dias pelo sustento de suas famílias e contra todo tipo de exploração e opressão.
Que também não se furtaram da luta contra as reformas trabalhistas e da previdência e contra todos os ataques aos direitos do povo.
Saudamos às mães que lutam contra o genocídio de seus filhos e filhas nas favelas de todas as cidades brasileiras.
Repudiamos toda e qualquer violência contra a mulher. Violência estimulada pelo estado que concebe a mulher como mero objeto sexual, como propriedade do homem. A mesma violência dispensada pelo estado ao povo, é reproduzida por parte dos homens da classe trabalhadora, resultando na morte de várias mulheres.
LUTEMOS todas nós contra toda forma de opressão e exploração!
Mulheres trabalhadoras do mundo, uni-vos!
