terça-feira, 27 de abril de 2021

TODO REPÚDIO AO PL 5595/20! NÃO AO RETORNO PRESENCIAL DAS AULAS SEM IMUNIZAÇÃO!

O Comando de Luta da Educação de Aparecida de Goiânia vem a público demonstrar sua indignação em relação ao PL - Projeto de Lei 5595/20 que torna a Educação como serviço essencial. 

A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quarta-feira (21/04) o PL 5595/20 que proíbe a suspensão de aulas presenciais durante pandemias e calamidades públicas. 

Na verdade, esse projeto não trata da essencialidade da educação no Brasil, ao contrário, promove a  continuidade da política de morte que esse governo fascista e genocida de Bolsonaro e generais  tem adotado desde o início da pandemia. 

Para nós, fica muito claro que esse Projeto não se preocupa com a educação,  pois considera a escola como um locus assistencialista e como  "depósito" de estudantes. Desejam que a escola acolha e resolva  os problemas gerados pelo abandono  dos governantes em relação ao povo. Assim como, querem servir aos interesses dos grandes empresários em geral, pois precisam seguir explorando os trabalhadores e esses necessitam "depositar" seus filhos em algum lugar.

Além desses dois aspectos, esse PL está voltado aos interesses da iniciativa privada que trata da educação como negócio (um serviço) bastante lucrativo e que não pode gerar prejuízo.

Os defensores desse PL são os mesmos que negaram o projeto para garantir internet e melhores condições tecnológicas para as aulas on-line. São os mesmos que aprovaram o corte drástico no repasse de orçamento para a Educação.

Portanto, vê-se logo, que esses atores não  defendem essencialidade alguma para a educação. Em primeiro lugar, que educação não é serviço para ser comercializado, é DIREITO! Em segundo, que se fosse para tratar como direito essencial, no PL deveria conter medidas  de benefício à educação, como melhorias na infraestrutura das unidade escolares, valorização profissional, aumento do Piso e dos salários dos trabalhadores na educação, auxílio educacional às famílias pobres, etc, etc e etc.

Hoje, o essencial para se votar em plena madrugada, deveria ser a vacinação para toda a população! Como também, mais leitos, medidas que realmente garantisse o isolamento social, como um auxílio pandemia adequado, entre outros pontos para o enfrentamento da Pandemia.

O deputado Ricardo Barros, um ser desrespeitoso, líder do governo na câmara, em defesa desse Projeto, declarou que “Só o professor não quer trabalhar na Pandemia” e os acusou de serem "causadores de danos ás crianças". 

Esse ser desavisado deveria saber que os professores nunca pararam de trabalhar, apesar dos governantes, que em nada ajudaram a comunidade escolar, como por exemplo, não ofereceram nenhum auxílio digital e cestas básicas adequadas aos alunos(as) e seus familiares.

Os(as) professores que têm compensado a precarização do sistema educacional, pagando material didático do próprio bolso, equipamentos tecnológicos para se adequar às aulas on-line, cursos de aperfeiçoamento dentre outros, pois tiveram que se reinventar.

Então, esses são os CAUSADORES DE DANOS às crianças?

Os defensores desse projeto copiam dados de países em que as aulas presenciais estão ativas, mas se esquecem que nesses países a pandemia está sendo combatida desde o início; que estes países foram adeptos ao lockdown para conter o avanço dá doença; que nesses países a taxa de mortes devido a covid-19 está em queda, ao contrário daqui que, atualmente é a maior do mundo; e que, nesses países a  vacinação da população está muito mais a frente que a do Brasil.

Quem defende a Educação somos nós professores e trabalhadores da Educação, nós sabemos o quanto ela é essencial para a sociedade, tanto que estamos nos desdobrando para garantir esse direito da maneira mais segura possível para proteger nossas crianças e seus familiares. A culpa das aulas presenciais não voltarem não é do(a) professor, é desse governo genocida de Bolsonaro e generais.

Abrir as escolas em um país que está sendo berço de novas variantes, é assinar a sentença de morte ao povo pobre! É colocar em risco a vida dos(as) trabalhadores com um discurso falacioso e demagógico. 

EDUCAÇÃO NÃO É SERVIÇO!

EDUCAÇÃO É DIREITO! 

SEM VACINA, SEM RETORNO!

VACINA PARA TODO O POVO JÁ!



segunda-feira, 26 de abril de 2021

VITORIOSO ATO EM DEFESA DA PROFESSORA CAROLINA!

Saudamos as companheiras e companheiros presentes no ato do dia 19/04, segunda-feira, em frente ao Paço Municipal de Aparecida de Goiânia. Saudamos também aos que não puderam comparecer, mas que contribuíram financeiramente e com propaganda sobre essa  ação covarde da Sema sob o mando da prefeitura de Gustavo Mendanha.

O ato foi marcado por um espírito de revolta diante da injusta multa de 6 mil reais aplicada contra a companheira, como meio de punição e perseguição aos que lutam.

 Ao mesmo tempo, essa ação gerou maior decisão pelo caminho da luta; elevou a consciência acerca da necessidade de manter a  mobilização constante; e principalmente, da enorme solidariedade de classe, tanto que, em dois dias e meio a quantia foi levantada.

Na hora do pagamento, eles ofereceram reduzir mil reais do valor da multa se a professora assinasse um TAC - Termo de Ajustamento de Conduta.  Os presentes no ato debateram sobre a proposta, acompanhados da Associação Brasileira dos Advogados do Povo - ABRAPO, na figura do Dr. Hugo, e foi decidido não assinar termo algum que sirva para criminalizar ainda mais a professora, pois a mesma estaria assumindo algo que não fez. E quem deveria ajustar a conduta deveria ser a prefeitura, cancelando a multa, as perseguições e garantindo os direitos da população aparecidense.

Por fim, encerramos o ato com alto espírito de ânimo e com a certeza de que nada pode deter a luta popular! Afirmamos: não é crime lutar, crime é perseguir e tentar intimidar!

Como sempre falamos, ao povo só resta a luta, NADA, NADA DETERÁ A LUTA DA CLASSE TRABALHADORA!

Não passarão!

Sigamos em luta!







sexta-feira, 23 de abril de 2021

PROFESSORES(AS) É HORA DE AGIR! NÃO PODEMOS ACEITAR A IMPOSIÇÃO DO MÓDULO AVAP!

O Comando de Luta da Educação de Aparecida de Goiânia, repudia a imposição do GEMUL – Módulo AVAP (Ambiente Virtual de Aprendizagem de Aparecida) pela SME.

A educação pública sempre sofreu com a política de precarização para, a longo e médio prazo, ser privatizada. No contexto da pandemia de Covid-19 essa situação se agudizou, em que o EaD tem se tornado uma realidade não só durante essa turbulência, mas que veio para ficar, para substituir as aulas presencias, o protagonismo da escola como ambiente de interação entre seus entes: professores, administrativos, alunos, pais e gestão.

A implementação do EaD sempre foi uma política orientada pelo Banco Mundial como meio de comercializar a educação e de diminuição de gastos públicos, em que o Mec sempre seguiu como cordeiro e com esse governo, nem MEC temos, o que é ótimo por um lado, menos quando surge como um zumbi na contramão da educação.

A suspensão das aulas presenciais e a implementação do Ensino Remoto (não o EaD) foi a solução possível para o enfrentamento da Pandemia. Embora, ainda haja um erro criminoso, o de considerar esses anos como letivos, mas isso é tema para outra discussão.

Diante de tudo isso, os trabalhadores da educação de Aparecida de Goiânia desde o início da pandemia trabalharam para a implementação das Aulas Remotas da forma mais acessível, dentro da realidade da população, através de ferramentas já disseminadas e de mais fácil suporte, como o Whatsapp, Google Classroom, Google Meet entre outros. O que tem gerado minimamente um contato entre professores e alunos.

Ainda assim, por conta da falta de condições sociais econômicas, 40% dos estudantes não têm conseguido participar desse processo. A prefeitura não ofertou nenhum tablet e nem internet aos alunos e nem aos professores, todos tiveram que se "virar", "dar seu jeito".

Além disso, para as Aulas Remotas, o estudante precisa de  acompanhamento, mas tanto o genocida governo de Bolsonaro e de generais, não concederam auxílio real para atravessar a Pandemia, quanto o governo de Caiado e de Mendanha. Jogando os pais no matadouro e abandonando as crianças sozinhas em casa. E ainda dizem que isso é culpa dos professores.

Nós trabalhadores da educação conhecemos nosso público, o Módulo AVAP é incompatível com a realidade vivida pelo povo, os filhos das famílias trabalhadoras, na maioria, não têm equipamentos, como computador e internet de qualidade para acessar as aulas através de plataformas, nem mesmo os professores e agentes educativos.

O Módulo AVAP faz parte de uma política de exclusão e aprofundamento das desigualdades. Em tempos onde a população luta para conseguir comer e sobreviver, como terão acesso aos meios necessários para acessar essa plataforma?

Tomemos como exemplo nosso município vizinho, Goiânia, em que os alunos não conseguem acessar a plataforma oficial e esta só existe para sobrecarregar os trabalhadores da educação, que permanecem atendendo pelo meio mais popular, o whatsapp.

A SME deveria mover esforços para garantir a participação dos alunos nas aulas através do Whatsapp ou outras ferramentas mais acessíveis, com celulares, tablet, computadores e internet para os alunos e professores, bem como internet em pontos comunitários, para que o alunado tenha acesso as atividades remotas.

Deveria mover esforços para que as cestas com alimentos cheguem para cada alunos, como estava ocorrendo.

Deveria mover esforços para que a vacina chegue o mais rápido possível PARA TODO O POVO!

Dessa forma, demonstrariam que realmente estão preocupados com a educação. De resto é falácia, demagogia e politicagem.

Por favor, trabalhem pelo povo e não contra ele, para isso pagamos os seus gordos salários!

Não trabalharemos dobrado de forma inútil!



segunda-feira, 19 de abril de 2021

O Comando de Luta da Educação de Aparecida de Goiânia, vem através desta, manifestar seu profundo agradecimento pela solidariedade de classe.


A decisão processual que resultou no pagamento injusto da multa só nos trouxe uma conquista grandiosa: a nossa união e a revolta contra os que pretendem deter a luta popular.


Em 3 dias conseguimos levantar os 6 mil reais para pagar essa multa.


Multa contra manifestação, contra greve, contra protesto, contra ato, contra quem luta.


Nem o regime militar fascista apagou a chama ardente dos que lutam.


Agradecemos imensamente cada pessoa que contribuiu para o pagamento dessa multa que, à Carolina foi aplicada, mas que se destina a cada um dos (as) trabalhadores (as) que lutou e luta por seus direitos. Essa multa tem um único intuito: tentar punir, calar e "dar exemplo aos demais". 


O exemplo foi dado! Exemplo de união, de força, de revolta contra uma postura totalmente arbitrária da prefeitura de Aparecida, hoje na gestão do Gustavo Mendanha, contra os servidores públicos, contra o povo que luta, seja no campo ou na cidade.


Ao povo só resta a luta, NADA, NADA DETERÁ A LUTA DA CLASSE TRABALHADORA!


AQUI VÃO NOSSOS SINCEROS E PROFUNDOS AGRADECIMENTOS A TODOS E TODAS QUE COLABORARAM!!


NÃO ADIANTA TENTAR BARRAR A LUTA POPULAR!


NÃO PASSARÃO!




domingo, 18 de abril de 2021

CONVITE PARA O ATO EM DEFESA DA PROFESSORA CAROLINA E PELO DIREITO DE LUTAR

O Comando de Luta da Educação de Aparecida de Goiânia convida todos(as) trabalhadores(as) da educação, comunidade escolar em geral para um ato.

No momento do pagamento da multa vamos fazer a denúncia dessa perseguição, a defesa da Professora Carolina e de nosso justo direito de lutar. 

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!

Dia: 19/04/2021 (segunda-feira)

às 14h na Prefeitura de Aparecida de Goiânia



quinta-feira, 15 de abril de 2021

ABAIXO A CONDENAÇÃO DA PROFESSORA CAROLINA

O COMANDO DE LUTA DA EDUCAÇÃO DE APARECIDA DE GOIÂNIA se solidariza com a professora Carolina, condenada a pagar R$ 6 mil, sem qualquer negociação, em apenas 5 dias, para a prefeitura de Aparecida de Goiânia. Ela é vítima de perseguição por lutar junto à categoria por melhorias aos trabalhadores da educação deste município.

O processo foi aberto em 2015, ano em que a categoria lutou arduamente pelo cumprimento de vários direitos usurpados, fazendo várias manifestações e uma vitoriosa greve. 

À professora foi imputada a liderança da manifestação na BR-153. Ela recebeu uma multa emitida pelos agentes da SEMMA, que já tinham todos os dados da mesma, no valor de 6 mil reais (em 2015, equivalia a mais de 3 vezes o valor do piso salarial de R$1917,18, um dos pontos de reivindicação da greve) por conta do fogo na rodovia, sem qualquer prova de sua autoria, fato ocorrido com a presença de centenas pessoas, que de forma legítima, fecharam BR para exigir negociação com o prefeito à época, o finado Maguito Vilela, sobre os pontos da greve.

Essa só é mais uma tática perversa de intimidação e tentativa de paralisar a luta dos trabalhadores. Essa professora foi escolhida a dedo para receber tal processo, pois ela sempre foi e é muito atuante nas lutas pelos direitos não só da categoria a qual faz parte, mas na defesa dos direitos gerais da classe trabalhadora e dos camponeses pobres.

Neste ano, além desse processo arbitrário movido pela Semma, vários outros trabalhadores foram multados pela PRF, por infrações de trânsito, sendo que seus automóveis nem estavam na rodovia.  Muitas dessas acusações foram derrubadas pelos advogados da Abrapo.

A perseguição aos que lutam é prática corriqueira dos governantes em geral, seja no Brasil ou em qualquer outro país. Tentam por tudo colocar amarras nos trabalhadores, mas a história prova que isso é impossível.

Por isso, não adianta, não nos intimidaremos, ao contrário, isso só nos fortalece e nos une para seguirmos na batalha.

Graças à luta da qual essa companheira participou e que foi escolhida para ser condenada a pagar R$ 6 mil reais, que os trabalhadores da educação de Aparecida conquistaram o pagamento do piso, novos concursos, licença prêmio, etc. Mas a principal conquista foi a formação de um grupo combativo que luta incansavelmente pelos direitos dos trabalhadores da educação, da classe em geral, e dos camponeses pobres, nós, o Comando de Luta da Educação de Aparecida de Goiânia.

Chamamos a categoria a se solidarizar com a companheira, principalmente denunciando essa covardia e arbitrariedade para todos os sindicatos, movimentos e grupos honestos, como também na compra e contribuição na montagem de uma rifa e na vaquinha online, para o levantamento desse dinheiro, que equivale a mais de dois meses do piso salarial: 2.888,24.

Vamos demonstrar a solidariedade presente entre a classe trabalhadora. 

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!

NENHUMA INTIMIDAÇÃO CESSARÁ NOSSA LUTA!




quarta-feira, 14 de abril de 2021

NOTA EM DEFESA AOS CAMPONESES AMEAÇADOS DE MORTE PELO GOVERNO DE RONDÔNIA.

O Comando de Luta da Educação de Aparecida de Goiânia vem, através desta, repudiar os ataques que o governo de Rondônia está promovendo aos camponeses do Acampamento Manoel Ribeiro em Chupinguaia, que agora estão ameaçados de despejo.

Nessa mesma área, ocorreu o Massacre de Corumbiara em 1995, que ficou marcado para as massas camponesas em luta como a “Batalha de Santa Elina”. E hoje, mais uma vez, o velho Estado brasileiro em conluio com o latifúndio ameaça os camponeses de um novo massacre.

Os camponeses estão passando por um clima de guerra em que seus direitos estão sendo violados e crimes cometidos. A PM tem pressionado as Secretarias de saúde locais para suspender os atendimentos médicos aos assentados em meio a maior crise sanitária já enfrentada no país. Montaram um cerco ao acampamento, em que atacam os camponeses e promovem uma tortura psicológica aos trabalhadores que apenas querem um pedaço de terra para trabalhar.

A luta dos camponeses é extremamente justa, não é de hoje que o povo tem suas terras roubadas por latifundiários e são expulsos para as grandes cidades,  se tornando vítimas do desemprego e da marginalização. São, em grande parte, as famílias das crianças que atendemos em nosso município, que fogem da miséria de suas cidades natais pela falta da terra para trabalhar que são acumuladas por poucos com a tutela desse velho Estado.

É extremamente importante que os trabalhadores da cidade lutem lado a lado com os trabalhadores do campo, pois somente juntos poderemos deter todas as injustiças.

Terra para quem nela vive e trabalha!

Defender e apoiar os camponeses vítimas das atrocidades dos grandes latifúndios!