terça-feira, 27 de setembro de 2022

NOTA DE APOIO À SERVIDORA AGREDIDA NO CMEI RESIDENCIAL ARAGUAIA

Réplica da nota produzida pelas servidoras do CMEI Araguaia

NOTA DE REPÚDIO E PARALISAÇÃO DAS ATIVIDADES AMANHÃ DIA 28/09

Nesta terça-feira (27/09) a Coordenadora Pedagógica do matutino Kelly Moreira foi agredida fisicamente pela avó de uma criança matriculada na Instituição.

O caso de agressão covarde e inadmissível aconteceu após a família acusar a instituição de colocar amônia na roupa da criança que levou a uma intoxicação. Na verdade a roupa estava suja de urina. No momento que a  Coordenadora Pedagógica pegou a roupa para tomar as medidas cabíveis, pela acusação grave a avó em atitude descontrolada (que foi registrada pelo circuito interno de segurança) avancou para pegar a roupa, gerando uma lesão corporal.

Repudiamos fortemente esse episódio de violência. O corpo docente do CMEI RESIDENCIAL ARAGUAIA reitera seu repúdio e exige que medidas cabíveis sejam tomadas pelos órgãos competentes, a fim de resguardar a segurança e bem-estar de todas as trabalhadoras da instituição.  Também clama por mais respeito, sobretudo às professoras que cumprem o papel de educar as crianças para a cidadania e respeito ao próximo.

Manifestamos também nosso total apoio a Coordenadora Kelly Moreira, que exerce um importante papel social e educacional no CMEI, e não deve, em hipótese alguma, ser tratada com violência e desrespeito por qualquer membro da comunidade escolar.

Cabe ressaltar que agressão física ou verbal contra servidor público é crime, conforme artigo 331 do Código Penal.

Em repúdio a agressão, informamos que os servidores do CMEI deliberaram por PARALISAR AS ATIVIDADES AMANHÃ 28/09 em protesto a agressão. Realizaremos um ato na instituição em protesto a esse ocorrido lamentável! 

Esperamos que essa avó enfrente  as medidas judiciais cabíveis e que passe a respeitar os profissionais que tanto fazem pela educação da sua neta. 

Necessitamos do apoio e respeito das famílias, não do ódio e da violência. 

O CMEI RESIDENCIAL ARAGUAIA ESTÁ EM LUTO.


Posicionamento do Comando de Luta

O Comando de Luta repudia todo ato de violência, preconceito e falta de respeito com os/as servidores, o que expressa todo o descaso e repúdio do Estado para com a educação pública.

Assim como, afirmamos que é ensurdecedora a falta de postura da SME diante do fato e ainda pretendem impedir as servidoras de realizarem o ato, ameaçando-as com corte de ponto. Essa postura da SME, em última instância estimula essas situações de violência contra os/as profissionais da educação.

Cobramos o posicionamento da SME em defesa dos seus servidores atacados por covardia e desrespeito.

Nenhum direito a menos, mexeu com um/a mexeu com todos/as!



terça-feira, 6 de setembro de 2022

ABAIXO A CENSURA E A PERSEGUIÇÃO POLÍTICA AO PROFESSOR MAYKON DA SILVA SANTOS

ABAIXO A CENSURA E A PERSEGUIÇÃO POLÍTICA AO PROFESSOR MAYKON DA SILVA SANTOS

O Comando de Luta Da Educação De Aparecida De Goiânia, torna público, através desta carta, apoio ao professor Maykon dos Santos Silva,  servidor da rede estadual de Goiás,  atuante na capital goiana.

O professor Maykon manifestou publicamente em uma de suas redes sociais, em 2019, o descontentamento com o descaso do governador e, então candidato a reeleição Ronaldo Caiado, com a educação. Em sua postagem o professor expões as péssimas condições das escolas estaduais as quais refletem diretamente na qualidade do ensino ofertado aos alunos, filhos dos trabalhadores goianienses.

A postagem do professor foi compartilhada por várias pessoas, profissionais da educação de todas as redes e comunidade que concordavam com suas colocações, pois presenciavam cotidianamente tais dificuldades relatadas na publicação. Até mesmo um jornal printou e publicou (sem autorização) o desabafo do professor.

Diante disso, em agosto desse ano, ou seja, após 3 anos da publicação, o servidor recebeu uma intimação sobre um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) movido contra ele pelo governador.  Agora, esse professor corre o risco de ser exonerado apenas por expressar sua opinião, enquanto trabalhador da educação, em uma rede social em seu perfil particular. 

Como se não bastasse o absurdo da perseguição ao professor pela simples manifestação crítica ao governo do estado no (mal) tratamento da educação, percebemos como são vigiadas as redes sociais daqueles que lutam.

Nem a própria plataforma social excluiu o post, por esse não ferir suas políticas de publicação, por que o governo o faz? Estamos nós vivendo um momento de censura de nossas opiniões? Ou ainda, só podemos publicar elogios demagogos a uma administração que não se importa com a educação de crianças e adolescentes filhos do povo?

Não podemos aceitar calados a perseguição, a falta de valorização e de respeito do poder público com os servidores. Isso tem refletido drasticamente na sociedade que tem se manifestado em forma de agressões físicas, verbais e morais contra os trabalhadores da educação.

É inaceitável que o dinheiro dos nossos impostos seja destinado à perseguição e punição àqueles que lutam por uma educação e condições de trabalho melhores. 

Precisamos lutar cada vez mais por esse direito básico que é a educação pública, gratuita e que sirva ao povo, além dela, por saúde pública, por moradia, por emprego, por terra e por justiça, para que o povo possa viver dignamente.

Precisamos nos fortalecer coletivamente ao lado dos que estão no campo da luta classista e da resistência, com aqueles que sofrem perseguições por denunciar o descaso dos governos, denunciando e expondo a real situação dos equipamentos públicos geridos pelos governos, seja municipal, estadual ou federal.

Lutar e resistir por uma educação pública, gratuita e de qualidade!

Lutar não é crime!

Abaixo à censura!

Professor Maykon, o Comando de Luta está com você e com todos os que lutam.



segunda-feira, 5 de setembro de 2022

CAOS NA EDUCAÇÃO DE APARECIDA DE GOIÂNIA.

Com o agravamento da crise econômica por todo o globo, as condições do povo pobre só se deteriora, o que inclui a educação pública e gratuita.

Em Aparecida de Goiânia a situação da educação é de calamidade: Instituições abandonadas! As principais vítimas são os estudantes, suas famílias e os servidores, sendo esses últimos, os que têm se desdobrado para dar funcionamento às instituições.

Nesse período de campanha eleitoral, a única movimentação que observamos na Semec é a de captação de possíveis eleitores para seus candidatos, uma verdadeira equipe paga com dinheiro público trabalhando em prol de políticos que nunca fizeram nada que fosse realmente importante para a educação dos filhos do povo.

A prova disso, são as instituições totalmente sucateadas, salas de aula, banheiros, refeitórios  que não comportam a quantidade de crianças que recebem diariamente. Faltam mesas e cadeiras para os estudantes se acomodarem. Faltam materiais pedagógicos. Quando o Comando expõem essa situação sempre vêem com a mesma frase de efeito:   " É só falar do que precisam que arranjaremos!”. Exemplo disso foi quando o Comando cobrou cópias, impressoras e tonners, a resposta foi enfática: isso tem sobrando nas escolas, se não tem é porque a gestão não nos pede".

Queremos todos os materiais necessários para um bom desenvolvimento do ensino-aprendizagem e consequentemente, dos estudantes enquanto seres críticos, pensantes. E não esse bando de projetos milionários que a SME tem comprado sem escutar os profissionais da educação.

O déficit de funcionários é tanto, as funcionárias terceirizadas da limpeza têm auxiliado as professoras e mesmo assumido turmas, sendo que não recebem e não tem formação para isso. Desvio de função.

Agora suponhamos que as escolas e cmeis tivessem que atender os filhos dos burgueses, tudo seria da forma como está? As crianças dormiriam amontoadas nos Cmeis pela falta de espaço? Funcionários da limpeza assumiriam funções educativas? Faltaria materiais pedagógicos? Claro que não!

Nossos planejamentos pedagógicos, estão sendo engolidos por formações de última hora, os poucos momentos que temos para discutir a situação de nossas instituições, de entender e debater sobre a educação aplicada à nossa realidade... E por quê? Porque trabalhadores da educação organizados e mobilizados é dor de cabeça para a SME, principalmente em época de eleição.

Nós do Comando de Luta da Educação de Aparecida de Goiânia repudiamos a forma como a educação está sendo tratada, exigimos concurso para suprir o imenso déficit, exigimos que todos nossos direitos sejam respeitados e principalmente que os filhos do povo sejam respeitados, nossos estudantes não merecem isso e lutaremos por uma educação pública, gratuita que os sirvam.