quarta-feira, 18 de agosto de 2021

ESCLARECIMENTOS AO PREFEITO BLOGUEIRO

Esclarecimentos ao prefeito blogueiro

O Comando de Luta da Educação de Aparecida de Goiânia vem a público se manifestar acerca das declarações desrespeitosas aos professores que aconteceram durante a última live do prefeito Gustavo Mendanha. E ainda solidarizar com os  servidores e servidoras da E. M. Guiomar Rosa publicamente citada na live.

Que prefeito é esse que  não sabe como a educação de seu município funciona? Um prefeito que não pagou o piso salarial e data base, que não sabe que suas escolas estão sucateadas, que os trabalhadores da educação pagam o combustível e internet para trabalhar e que trabalham muito mais do que são remunerados, tanto nas instituições, quanto em suas casas.

Onde o prefeito estava que não sabia de todas essas demandas da educação? Fazendo propaganda na TV, dizendo que em Aparecida tudo está lindo, inclusive a educação! Agora ele diz não conhecer nada?

Suspeitamos  primeiramente de que essa pessoa, mãe de aluno da escola supracitada, foi escolhida a dedo, no intuito de expor os servidores e servidoras. Uma maneira vil e cruel de perseguir a escola que foi palco de denúncias das péssimas condições das instituições diante do retorno das aulas presenciais, inclusive de vários casos de contaminação entre os trabalhadores. 

Gostaríamos de esclarecer que a E.M. Guimoar Rosa, bem como as demais instituições escolares não receberam EPIs para alunos e servidores. Cada um desses sujeitos providenciou seu próprio equipamento: máscara, álcool 70%, capote, faceshield, luvas, entre outros. Da mesma maneira que, durante todo o ensino remoto, a prefeitura e SEMEC também não arcaram com nenhum custo dessa modalidade de ensino, tudo ficou a cargo de alunos e professores. A secretaria de educação, em 1 ano e meio de pandemia, não se preparou de maneira eficaz para receber as crianças e servidores no retorno presencial. 

Foi determinação da Semec que as escolas recebecem  presencialmente 30%  das crianças por semana, divididos em grupos,  por 4 dias durante 4horas e, que às sextas-feiras, durante 2h os professores atendessem  aos alunos que estariam em ensino remoto, no rodízio ou por entender que não é o momento de retorno diante das novas variantes e a possibilidade de uma terceira onda de casos e óbitos.

O prefeito demonstra desconhecer essa diretriz da secretaria de educação, a maior pasta pública do município, dizendo que iria conversar com o responsável pela mesma. Saindo pela tangente, como sempre faz ao ser confrontado. Não defendeu os servidores e servidoras e deixou que fosse dito que "os pais estão dando aula no lugar dos professores", será que o prefeito pensa que "dar aula" é apenas explicar ou auxiliar uma criança em uma atividade? Onde ficam o planejamento das aulas e das atividades? A correção, a revisão, a avaliação, o replanejamento, o lançamento no gemul e a alimentação da plataforma AVAP?  Que também não foi inventada, nem implantada pelos professores. Tudo foi uma determinação da SEMEC com o aval do prefeito. Por que o prefeito não defendeu sua própria gestão da educação? Ou será que o mesmo anda tão ocupado com lives, mídia e viagens aos municípios goianos que têm deixado de governar a cidade? 

Essa pessoa que fez o desabafo, colocou pra fora, de forma equivocada, suas angústias e dores sobre o ensino remoto que também são compartilhadas pelos  professores e professoras, que desde abril de 2020 têm se desdobrado para ensinar de uma forma totalmente nova. Transformando sua casa em sala de aula, abrindo sua própria privacidade para dezenas de famílias de alunos, arcando com os custos e  inclusive divulgando seu número pessoal de telefone e email, trabalhando muito mais que as tais 30 hs semanais para quais somos remunerados. 

Devemos sim, cada um de nós, enquanto cidadãos cobrar uma educação de qualidade para os estudantes aparecidenses, porém devemos reconhecer que professores e famílias seguraram a educação com sangue e suor durante todo esse tempo. E que a prefeitura não fez o mínimo que deveria ter feito durante todo o tempo de fechamento das escolas. 

A educação está em luta, prefeito, a culpa é sua!



segunda-feira, 9 de agosto de 2021

AULAS PRESENCIAIS SEM IMUNIZAÇÃO PLENA E SEM EPI'S, NÃO!

O Comando de luta da educação de Aparecida de Goiânia repudia a forma como a Semec vem impondo o retorno das aulas presenciais, sem a  imunização  completa dos profissionais da educação e do povo, sem qualquer protocolo sanitário e EPI's, em meio a novos casos devido à variante Delta que já ataca nosso país e o mundo.

Entendemos a necessidade do retorno das aulas presenciais para um aprendizado de qualidade. No entanto, medidas sanitárias incompatíveis podem resultar no aumento da mortalidade de profissionais da educação, de nossas crianças e suas respectivas famílias.

Depois de mais de um ano afastados do ambiente das instituições, retornamos, e nos deparamos com escolas e Cmeis sujos, sem nenhuma adaptação para o enfrentamento a Covid, com os mesmos problemas de sempre, poucos banheiros, salas apertadas e mal ventiladas, janelas emperradas e vários outros problemas gravíssimos que podem ajudar na proliferação do vírus. 

Os professores serão obrigados a atender seus alunos de forma híbrida: atendimento presencial de até  50% dos alunos concomitante com o atendimento online, algo que é extremamente difícil por todas as particularidades que o fenômeno de ensinar e aprender exige em uma escola pública. Além disso, não contamos com internet nas instituições e muito menos aparelhos adequados para esse atendimento.

De acordo com os planos de contingência, que todas unidades de ensino precisam seguir para voltar ao trabalho presencial, os equipamentos essenciais para o início das aulas são máscaras, face shield, borrifador, termômetro, avental e álcool 70%. Na rede o que temos é uma irrisória verba destinada à compra desses materiais, que foi insuficiente, como sempre. Os trabalhadores da educação, mais uma vez terão que tirar de seu salário, para comprar todos esses itens. A semec não forneceu EPIs nem mesmo aos alunos. 

E, além disso, as famílias que decidirem por autorizar o retorno de seus filhos (na maioria são as que não têm outra opção) deverão assinar um termo de responsabilidade. Mais uma vez, o prefeito Gustavo Mendanha, juntamente com a SEMEC,  lava as mãos de suas incumbências e às jogam ao povo e à comunidade escolar. 

O Brasil enfrenta problemas gravíssimos em relação à falta de investimentos para as escolas públicas, e em Aparecida de Goiânia não é diferente, não podemos fechar os olhos para as instituições que não possuíam condições aceitáveis mesmo antes da pandemia, condições estas, sempre denunciadas por nós, que hoje só pioraram.

Outro agravante é que durante todo o período do ensino remoto (15 meses) a prefeitura sequer forneceu aos alunos e aos servidores qualquer ajuda de custo. Esses sujeitos arcaram com os gastos de internet, energia, aparelhos e outros. Agora com o retorno, não tem sido diferente: as famílias e servidores é que providenciarão seu EPI. Os professores nem ao menos recebem vale transporte, como os demais trabalhadores, para se deslocarem de casa ao trabalho. Arcam há anos com o custo da locomoção de um lugar a outro. 

Segundo o anuário da educação, houve uma economia de 20 bilhões de reais nos gastos com educação em 2020, dinheiro este que deveria ter sido investido na estrutura das escolas, na adequação para o retorno presencial. Tudo isso faz parte da política de precarização desse Estado e dessa prefeitura.

Se estavam organizando um retorno por que não adequar as instituições para receber os trabalhadores e o alunado? Se estavam querendo voltar em agosto por que não imunizaram os servidores em tempo hábil para o retorno presencial? O que custa esperar mais um pouco? Isso é prova de que o prefeito pouco se importa com a vida dos servidores da educação ou com a comunidade. E qualquer morte dos trabalhadores da educação ou das famílias da comunidade escolar estará nas mãos dessa prefeitura.

Vacina para todo o povo já!

Retorno presencial somente com a população adulta e adolescentes vacinados!  

Defender  educação e   saúde públicas adequadas a todo povo!



segunda-feira, 2 de agosto de 2021

NÃO AO RETORNO PRESENCIAL SEM IMUNIZAÇÃO COMPLETA/PLENA!

A Educação e a Saúde nunca foram prioridade para nenhuma gestão desse Estado, sendo assim, os trabalhadores dessas áreas e o povo que depende desses serviços, também nunca foram respeitados e valorizados. A Pandemia da Covid-19 escancarou de uma vez por todas o cenário caótico provocado por esse sistema perverso que visa apenas o lucro em detrimento da vida.

A programação de retorno presencial dos trabalhadores da educação e estudantes para o dia 02 de agosto no Estado; dos trabalhadores no dia de agosto em Goiânia e Aparecida de Goiânia; dos estudantes no dia 09 em Aparecida com 30%; e no dia 16 em Goiânia com 50%; provocará uma escalada ainda maior de contágios e óbitos nas escolas, além de servir como um laboratório para novas variantes, pois as crianças promoverão contaminação entre si e aos seus familiares, sendo que nem os profissionais da educação estão completamente imunizados e muito menos a população.

Essa programação ainda determina que os professores e professoras trabalhem de forma presencial com uma porcentagem de alunos, concomitantemente, com os demais de forma não-presencial. Totalmente absurdo!

Enquanto isso, as pesquisas e noticiários mostram que Goiás alcançou 90% de ocupação dos leitos de UTIs do país, perdendo apenas para Rio de Janeiro.

Não se pode comparar o retorno presencial nesse país com o daqueles em que já atingiram 70% de imunização geral. São realidades completamente diferentes, inclusive quanto à garantia de protocolos de segurança e porcentagem de alunos por espaçamento, garantindo o distanciamento necessário. 

As novas variantes têm atingido as crianças e adolescentes de forma mais agressiva, debilitando-as e inclusive, levando-as a óbito, visto que as UTIs pediátricas estão lotadas.

Após um ano e meio de pandemia no Brasil, o coronavírus já matou mais de 550 mil brasileiros, com uma média móvel acima de 1000 mortes por dia, sendo que no início desse ano, com a disseminação da variante P1, chegou-se a uma média móvel diaria de 5000 mortes, isso das notificadas. Atualmente, a variante Delta, mais contagiante que a P1, está no início de seu alastramento no Brasil. O que pretendem os governates? Atravessar  maior e mais genocídio? 

Sem contar que a população já poderia estar imunizada, não fossem os interesses e ações perversos desse governo militar genocida de Bolsonaro.

Diariamente são famílias desfaceladas, enlutadas e sem perspectiva, enquanto o MEC e os governos municipais e estaduais  insistem em afirmar que existem condições seguras para o retorno das aulas. Quanta hipocrisia, irresponsabilidade e falácia!

A Educação das crianças, adolescentes, jovens e adultos só poderia ser retomada presencialmente, caso os governantes se empenhassem no controle dessa pandemia com base na ciência e com investimento real.

Essa é a grande verdade que o povo merece ouvir, o resto é mais do mesmo: enganação!


Basta de mentira e descaso!


Mobilizar e organizar a luta:

Em defesa da saúde e da educação pública que realmente sirvam ao povo;

Em defesa da vida da classe trabalhadora e explorada;

Em defesa de condições dignas e adequadas para o povo enfrentar a Pandemia; 

Em defesa da imunização geral e completa da população adulta e adolescentes a partir de 12 anos.

RETORNO PRESENCIAL, SÓ COM IMUNIZAÇÃO COMPLETA/PLENA, SEM ISSO, É GREVE!