segunda-feira, 9 de agosto de 2021

AULAS PRESENCIAIS SEM IMUNIZAÇÃO PLENA E SEM EPI'S, NÃO!

O Comando de luta da educação de Aparecida de Goiânia repudia a forma como a Semec vem impondo o retorno das aulas presenciais, sem a  imunização  completa dos profissionais da educação e do povo, sem qualquer protocolo sanitário e EPI's, em meio a novos casos devido à variante Delta que já ataca nosso país e o mundo.

Entendemos a necessidade do retorno das aulas presenciais para um aprendizado de qualidade. No entanto, medidas sanitárias incompatíveis podem resultar no aumento da mortalidade de profissionais da educação, de nossas crianças e suas respectivas famílias.

Depois de mais de um ano afastados do ambiente das instituições, retornamos, e nos deparamos com escolas e Cmeis sujos, sem nenhuma adaptação para o enfrentamento a Covid, com os mesmos problemas de sempre, poucos banheiros, salas apertadas e mal ventiladas, janelas emperradas e vários outros problemas gravíssimos que podem ajudar na proliferação do vírus. 

Os professores serão obrigados a atender seus alunos de forma híbrida: atendimento presencial de até  50% dos alunos concomitante com o atendimento online, algo que é extremamente difícil por todas as particularidades que o fenômeno de ensinar e aprender exige em uma escola pública. Além disso, não contamos com internet nas instituições e muito menos aparelhos adequados para esse atendimento.

De acordo com os planos de contingência, que todas unidades de ensino precisam seguir para voltar ao trabalho presencial, os equipamentos essenciais para o início das aulas são máscaras, face shield, borrifador, termômetro, avental e álcool 70%. Na rede o que temos é uma irrisória verba destinada à compra desses materiais, que foi insuficiente, como sempre. Os trabalhadores da educação, mais uma vez terão que tirar de seu salário, para comprar todos esses itens. A semec não forneceu EPIs nem mesmo aos alunos. 

E, além disso, as famílias que decidirem por autorizar o retorno de seus filhos (na maioria são as que não têm outra opção) deverão assinar um termo de responsabilidade. Mais uma vez, o prefeito Gustavo Mendanha, juntamente com a SEMEC,  lava as mãos de suas incumbências e às jogam ao povo e à comunidade escolar. 

O Brasil enfrenta problemas gravíssimos em relação à falta de investimentos para as escolas públicas, e em Aparecida de Goiânia não é diferente, não podemos fechar os olhos para as instituições que não possuíam condições aceitáveis mesmo antes da pandemia, condições estas, sempre denunciadas por nós, que hoje só pioraram.

Outro agravante é que durante todo o período do ensino remoto (15 meses) a prefeitura sequer forneceu aos alunos e aos servidores qualquer ajuda de custo. Esses sujeitos arcaram com os gastos de internet, energia, aparelhos e outros. Agora com o retorno, não tem sido diferente: as famílias e servidores é que providenciarão seu EPI. Os professores nem ao menos recebem vale transporte, como os demais trabalhadores, para se deslocarem de casa ao trabalho. Arcam há anos com o custo da locomoção de um lugar a outro. 

Segundo o anuário da educação, houve uma economia de 20 bilhões de reais nos gastos com educação em 2020, dinheiro este que deveria ter sido investido na estrutura das escolas, na adequação para o retorno presencial. Tudo isso faz parte da política de precarização desse Estado e dessa prefeitura.

Se estavam organizando um retorno por que não adequar as instituições para receber os trabalhadores e o alunado? Se estavam querendo voltar em agosto por que não imunizaram os servidores em tempo hábil para o retorno presencial? O que custa esperar mais um pouco? Isso é prova de que o prefeito pouco se importa com a vida dos servidores da educação ou com a comunidade. E qualquer morte dos trabalhadores da educação ou das famílias da comunidade escolar estará nas mãos dessa prefeitura.

Vacina para todo o povo já!

Retorno presencial somente com a população adulta e adolescentes vacinados!  

Defender  educação e   saúde públicas adequadas a todo povo!



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