O Comando de Luta da Educação de Aparecida de Goiânia, repudia a imposição do GEMUL – Módulo AVAP (Ambiente Virtual de Aprendizagem de Aparecida) pela SME.
A educação pública sempre sofreu com a política de precarização para, a longo e médio prazo, ser privatizada. No contexto da pandemia de Covid-19 essa situação se agudizou, em que o EaD tem se tornado uma realidade não só durante essa turbulência, mas que veio para ficar, para substituir as aulas presencias, o protagonismo da escola como ambiente de interação entre seus entes: professores, administrativos, alunos, pais e gestão.
A implementação do EaD sempre foi uma política orientada pelo Banco Mundial como meio de comercializar a educação e de diminuição de gastos públicos, em que o Mec sempre seguiu como cordeiro e com esse governo, nem MEC temos, o que é ótimo por um lado, menos quando surge como um zumbi na contramão da educação.
A suspensão das aulas presenciais e a implementação do Ensino Remoto (não o EaD) foi a solução possível para o enfrentamento da Pandemia. Embora, ainda haja um erro criminoso, o de considerar esses anos como letivos, mas isso é tema para outra discussão.
Diante de tudo isso, os trabalhadores da educação de Aparecida de Goiânia desde o início da pandemia trabalharam para a implementação das Aulas Remotas da forma mais acessível, dentro da realidade da população, através de ferramentas já disseminadas e de mais fácil suporte, como o Whatsapp, Google Classroom, Google Meet entre outros. O que tem gerado minimamente um contato entre professores e alunos.
Ainda assim, por conta da falta de condições sociais econômicas, 40% dos estudantes não têm conseguido participar desse processo. A prefeitura não ofertou nenhum tablet e nem internet aos alunos e nem aos professores, todos tiveram que se "virar", "dar seu jeito".
Além disso, para as Aulas Remotas, o estudante precisa de acompanhamento, mas tanto o genocida governo de Bolsonaro e de generais, não concederam auxílio real para atravessar a Pandemia, quanto o governo de Caiado e de Mendanha. Jogando os pais no matadouro e abandonando as crianças sozinhas em casa. E ainda dizem que isso é culpa dos professores.
Nós trabalhadores da educação conhecemos nosso público, o Módulo AVAP é incompatível com a realidade vivida pelo povo, os filhos das famílias trabalhadoras, na maioria, não têm equipamentos, como computador e internet de qualidade para acessar as aulas através de plataformas, nem mesmo os professores e agentes educativos.
O Módulo AVAP faz parte de uma política de exclusão e aprofundamento das desigualdades. Em tempos onde a população luta para conseguir comer e sobreviver, como terão acesso aos meios necessários para acessar essa plataforma?
Tomemos como exemplo nosso município vizinho, Goiânia, em que os alunos não conseguem acessar a plataforma oficial e esta só existe para sobrecarregar os trabalhadores da educação, que permanecem atendendo pelo meio mais popular, o whatsapp.
A SME deveria mover esforços para garantir a participação dos alunos nas aulas através do Whatsapp ou outras ferramentas mais acessíveis, com celulares, tablet, computadores e internet para os alunos e professores, bem como internet em pontos comunitários, para que o alunado tenha acesso as atividades remotas.
Deveria mover esforços para que as cestas com alimentos cheguem para cada alunos, como estava ocorrendo.
Deveria mover esforços para que a vacina chegue o mais rápido possível PARA TODO O POVO!
Dessa forma, demonstrariam que realmente estão preocupados com a educação. De resto é falácia, demagogia e politicagem.
Por favor, trabalhem pelo povo e não contra ele, para isso pagamos os seus gordos salários!
Não trabalharemos dobrado de forma inútil!
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