Pela primeira vez, desde 2015, o Comando de Luta da Educação de Aparecida de Goiânia não irá fazer sua calorosa intervenção no aniversário da cidade de Aparecida de Goiânia.
Desde a greve do supracitado ano, essa tem sido uma tarefa pontual do Comando de Luta _ A intervenção feita durante o evento de comemoração no aniversário da cidade _ através de cartazes, faixas, palavras de ordem e panfletagem junto à população denunciamos os graves problemas enfrentados pela Educação em Aparecida de Goiânia.
Esse ano não seria diferente, muitos problemas devem ser denunciados. Devido à pandemia, não faremos nosso ato, mas através dessa nota expressamos nosso descontentamento e, mais uma vez, denunciamos e repudiamos a postura da prefeitura e da SEMECT e o descaso com a educação destinada aos filhos/as dos/as trabalhadores/as.
Pautas há anos não atendidas continuam negligenciadas pelo prefeito Gustavo Mendanha (MDB) que insiste em não ouvir as reivindicações dos/as trabalhadores/as, se esquivando e se escondendo atrás de secretários como da fazenda e da educação, deixando que a imagem desses se desgaste e a sua se mantenha intacta.
O dinheiro para as demandas da educação está nos cofres da prefeitura desde janeiro de 2020 e não sobreveio nenhum aumento de despesa, já que não houve reajuste de piso, data-base, progressões e afins, direitos não atendidos que vêm se acumulando, ano após ano, sem nenhuma resposta concreta.
Há quase 5 meses, o prefeito Gustavo Mendanha (MDB) está trabalhando com um cofre que recebeu 11% de reajuste (piso salarial) e não repassou aos trabalhadores/as.
Conta ainda com uma redução de despesas com educação, já que com a suspensão das aulas não houve gastos com água, energia, merenda e limpeza nos prédios das escolas, Emeis e Cmeis.
Os/as trabalhadores/as têm se desdobrado em aulas remotas, juntamente com as famílias dos/as alunos/as. Buscando se adaptar às novas diretrizes tecnológicas, dando plantão on-line quase que 24h/dia, usando aparelho e internet pagos de seus próprios bolsos, já que a prefeitura e a SEMECT não ofereceram nenhum subsídio aos/as professores/as. Pelo contrário, com a velha e caduca política do pão e circo, estão alardeando em redes sociais o sucesso (duvidoso) das aulas on-line.
Denunciamos, além disso, que servidores/as de uma empresa terceirizada contratada pela prefeitura, emergencialmente em 2019, tiveram seus contratos encerrados, no entanto continuaram prestando serviços à SEMECT sem nenhum pagamento por parte da prefeitura, que pagou à empresa somente até a vigência do contrato.
Ademais, servidores/as de escolas estaduais que foram municipalizadas pela prefeitura também estão sem receber há meses, passando necessidades e constrangimentos e sem nenhuma garantia de recebimento dos dias trabalhados, além de estarem sendo pressionados/as, inclusive, a fazerem as aulas remotas.
Mudou-se o gestor da pasta da educação, mas não a velha política. A primeira ação equivocada da mesma sob o comando do novo secretário WANDERLAN RENOVATO foi anunciar a suspensão das dobras no apoio e da extensão de carga horária, antes mesmo de se apresentar à categoria, em meio à pandemia. Um verdadeiro absurdo! Horas depois, ao receber várias críticas nas redes sociais de pais e profissionais, voltou atrás e deixou o "equívoco" cair nas costas de algum funcionário/a.
Essa pandemia veio muito a calhar para o Estado fazer o que sempre quis: reduzir salário dos servidores/as, deixar de pagar direitos. Estão com a faca e o queijo na mão. Já que o "isolamento social" de pessoas também impede protestos e manifestações.
Mas o Comando de Luta e os/as trabalhadores/as da educação não deixam de cumprir seu papel de denunciar e lutar pelos seus direitos. Prontamente, enviamos ofício solicitando reunião com o novo secretário de educação e estamos no aguardo da resposta.
Repudiamos todas as ações desse velho estado e seus lacaios em cortar na carne do trabalhador para socorrer os cofres públicos.
Repudiamos a postura do prefeito Gustavo Mendanha e todos os políticos de plantão, que em nenhum momento reduziram verbas de seus gabinetes e nem os próprios salários. Estão sempre à espera de uma oportunidade se de promoverem às custas do sofrimento do povo.
Mais uma vez, o governo e seus lacaios mostram a que vieram. Explorando o povo ao máximo, reduzindo seu sustento e de sua família para não abrir mão de seus muitos privilégios.
LUTEMOS e reivindiquemos os nossos direitos há anos negligenciados.
RESISTIR E LUTAR EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE!
RESISTIR E LUTAR EM DEFESA DOS/AS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO!
PARABÉNS APARECIDA, A EDUCAÇÃO ESTÁ FALIDA!
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