domingo, 18 de março de 2018

NOTA DE APOIO À GREVE DA EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO

O Sindicato Comando de Luta da Educação de Aparecida de Goiânia expressa total solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras da educação municipal de São Paulo e repudia a ação covarde da gestão Dória e seu aparelho repressivo. 

Nessa semana foi divulgada nos jornais de todo o país a repressão truculenta do governo Dória (PSDB), por meio da Guarda Municipal e da Polícia Militar, contra os servidores que lutavam por seus direitos legítimos. 

O governo municipal apresentou uma proposta que estava sendo votada, na câmara de vereadores, sobre o reajuste de desconto da previdência que passaria dos 11% atuais, para até 19%. Proposta injusta, que foi repudiada pelos servidores, que mais uma vez, após não conseguirem ser ouvidos, se manifestaram e foram recebidos com cassetetes, bombas de gás e balas de borracha. Uma verdadeira tentativa de massacre, um cenário brutal de violência com diversas pessoas gravemente feridas, como ocorreu na reintegração de posse da SME de Goiânia na greve da educação em 2017.

Essa é forma que os governos, independente de sua sigla partidária, tem tratado o povo que reivindica e luta por seus direitos. A ditadura contra os trabalhadores, contra o povo pobre e contra os que lutam nunca deixou de existir.

Não podemos esquecer dos últimos anos, em que servidores do Paraná, Goiânia, Aparecida de Goiânia, Rio de Janeiro e tantos outros municípios do país também foram duramente agredidos pelas forças repressoras enquanto lutavam pelos direitos da categoria . 

Esse tipo de violência é inadmissível, não podemos nos conformar nem aceitar que trabalhadores sejam tratados de maneira covarde pelos governantes sanguessugas que pretendem acabar com nossos direitos, massacrar e oprimir o trabalhador com aumentos e mais aumentos de impostos.  

Por muito menos que isso, juízes cruzaram seus braços também essa semana para protestar contra o corte do auxílio moradia no valor de pouco mais de 4 mil reais, valor esse, correspondente apenas à um “auxílio”, que equivale a quase 4 vezes o valor do salário mínimo e quase 2 vezes o valor do Piso salarial. 

Fica aqui o nosso repúdio a toda essa ação da Guarda Civil Metropolitana e da Polícia Militar de São Paulo, a mando da gestão Dória. E por outro lado, nossos cumprimentos e  reconhecimento à luta justa dos servidores desse município.

INDIGNEMO-NOS COM A INJUSTIÇA!

“Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes”. Paulo Freire - Pedagogia da Indignação


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