EM EDUCAÇÃO NÃO SE GASTA,
SE INVESTE!
Em doses cavalares, a solução
proposta para reduzir os gastos com a educação já começou a fazer efeito desde
o final do ano letivo de 2018 e nesse início de 2019.
De maneira caótica o ano
letivo iniciou sem os Assistentes educacionais nas escolas com menos de 12
turmas, tal como a palavra já diz, sem "assistência" as escolas
pareciam uma feira livre, e aos trancos e barrancos, a coordenação pedagógica
conseguiu socorrer conforme suas pernas.
Muitas escolas da mesma
maneira: caindo aos pedaços, inundadas em dias de chuva, sem ventilação, com
aparelhos de ar condicionado sem funcionar, embora a SEMEC pague manutenção
mensal, as salas de aulas lotadas com excesso de alunos e com número de
funcionários reduzidos e de materiais pedagógicos também, começando pelo tonner
e terminando no papel higiênico.
Como engolir
essa dose???
Não podemos engolir esse
pacote de maldades, tal como a secretária Valéria e o funcionário Júlio, com a
anuência da prefeitura, pretendem empurrar por goela abaixo!
Os(as) professores(as) não
são pessoas irresponsáveis e sem compromisso como a SEMEC tenta nos julgar. Quem
realmente sabe o que é a regência? Refletir sobre o que fazer, estudar,
planejar, replanejar, elaborar atividades, projetos, provas, avaliar, fazer
correções, preencher Gemul (considerando a lentidão do sistema que custou em
2018 R$ 242.601,12), passar os finais de semana sobre a mesa, com inúmeras
dessas tarefas, além de dar afeto aos alunos, ouvir suas histórias (que muitas
vezes os próprios parentes não têm tempo para isso), cuidar das crianças e
adolescentes que passam por problemas familiares sérios, muitas vezes em
situações de risco, tirar dinheiro do bolso para pintar uma sala de aula que
está um caco, comprar lembrancinhas, fazer lanches especiais, comprar kits de
papelaria para os que não tem condições (lembrando que o kit da prefeitura
sempre são valores exorbitantes, como em 2018 R$ 1.559.924,29 e não chega a
tempo), entre tantas outras questões que somente quem está na escola percebe.
Esses profissionais tem
adoecidos ao longo de anos, pois essa carga é dobrada e às vezes triplicada,
porque precisam complementar seus salários,
e como não adoecer?
Com esse Pacote de Maldades a
situação só se agravará, e o resultado será uma rede adoecida e com a qualidade
ainda pior, considerando que as condições de trabalho, as ocupações
administrativas e quantidade de alunos por sala já interfere e muito na
qualidade da aprendizagem.
O que pudemos observar é que
a SEMEC tem um único e exclusivo compromisso: diminuição de gastos! Não estão
nem um pouco preocupados com a qualidade da aprendizagem dos alunos e com a
escola.
A estratégia utilizada pela
SEMEC foi de dividir a categoria, pois é sabedora da força que tem a categoria
unida.
O acordo proposto pela SEMEC
é ínfimo diante da precarização do nosso trabalho. Portanto, precisamos nos
organizar e lutar, não pode contentar-nos em fazer reclamações sem agir.
Por isso nossa consigna é "NÃO ACEITAMOS!"
·
Não aceitamos o fim dos planejamentos na escola, uma vez que a lei diz
que 1/3 de planejamento é o MÍNIMO, e esse mínimo está insustentável diante de
tantas cobranças: tabelas, gráficos, projetos sem sentido, gemul e etc.
·
Não aceitamos o fim do cargo do Assistente nas escolas com menos de 12
salas, pois as escolas precisam de organização e não de caos, ainda mais com
ensino fundamental e educação infantil nas escolas.
·
Não aceitamos nenhum corte de regência, pois trabalhamos arduamente e
merecemos esse reconhecimento e respeito, que há anos vigora na nossa carreira!
·
Não aceitamos que nossos alunos tenham uma "recreação", se
podem e tem o direito a uma aula de EDUCAÇÃO FÍSICA com professor de formação
específica para tal disciplina.
·
Não aceitamos que os professores das EMEI’s tenham seus salários
diminuídos, uma vez que se dedicam integralmente à escola, inclusive cuidando e
educando os alunos nos horários de almoço, descanso e higiene.
·
Não aceitamos que a SEMEC pague por projetos e materiais superfaturados
que se quer são usados, ou solicitados pelos profissionais. Uma vez que este
dinheiro deveria servir ao que realmente se necessita na educação: VALORIZAÇÃO!
Tal como o pagamento de R$ 3.478.500,00 para o batido Projeto "Escola da
Inteligência".
·
Não aceitamos ficar sem receber o Piso de 2019, sendo que a estimativa
do FUNDEB de 2019 para este Aparecida de Goiânia foi de R$172.596.825,74. O que
tem ocorrido é que recebemos o Piso no meio do ano sem retroativo, e a pergunta
que fica é: pra onde foi o dinheiro de janeiro a junho, nesses últimos 3 anos?
·
Não aceitamos que os administrativos não tenham aumento real no vale
refeição e que dele seja descontado a precedência (totalmente ilegal!).
·
Não aceitamos ficar anos sem o DIREITO de receber as progressões
(horizontal e vertical), titularidades, sem essa de pagamento para três servidores
por mês, com uma demanda de mais de 2000 servidores que já deram entrada.
·
Não aceitamos ficar sem poder tirar as licenças prêmio, para interesse
particular e aprimoramento.
·
Não aceitamos o aumento do número de alunos por sala e a diminuição de
funcionários.
·
Não aceitamos não sermos escutados e sermos tratados como desafetos!
Exigimos respeito!
A educação é uma das principais soluções para as
mazelas do país, portanto, não é dela que se deve cortar gastos, nela se deve
INVESTIR!
Corte regalias, gastos sem
necessidade, tais como tantos assessores sem função.
Se há um problema econômico e
que precisa ser resolvido, na educação é que não se pode descontar!
NÃO ACEITAMOS MAIS RETROCESSOS E
DESVALORIZAÇÃO!
NENHUM DIREITO A MENOS!
À LUTA CATEGORIA!
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