RETOMAR A ORIGEM DO 1° DE MAIO-DIA INTERNACIONAL DO TRABALHADOR*
“Um dia de rebelião, não de descanso!
Um dia não ordenado pelos porta-vozes arrogantes das instituições que tem
algemado os trabalhadores! Um dia que, com uma força tremenda, o exército unido
dos trabalhadores se mobilize contra aqueles que hoje dominam o destino dos
povos de todas as nações. Um dia de protesto contra a opressão e a tirania,
contra a ignorância e as guerras de todos os tipos (...)” Fragmentos do folheto que circulou em Chicago em 1885
A ideia de demarcar
um dia de completa paralisação surgiu na Áustria em 1856, estabeleceram esse
dia para a realização de assembleias e manifestação a favor da jornada de 8
horas diárias. Inicialmente, os trabalhadores australianos organizaram esses
atos somente para o ano de 1856, porém, o efeito foi tão forte no meio das
massas proletárias, que decidiram repetir essa celebração todo ano.
Os primeiros a
seguirem o exemplo dos australianos foram os proletários americanos, em sua
maioria imigrantes, que no dia 1º de maio de 1886, tomaram as ruas de Chigago/Estados
Unidos, desfraldrando a reivindicação da jornada de 8 horas de trabalho em protesto
contra a superexploração e opressão em que eram submetidos.
Durante essa jornada de lutas operárias, as forças policiais a serviço
da burguesia, atacaram as massas com selvageria, assassinaram vários operários,
encarceraram e processaram 8 dirigentes proletários. August Spies, Adolf
Fisher, George Engel e Albert Parsons foram cruelmente enforcados no dia 11 de
novembro de 1887. Louis Lingg foi assassinado em sua cela. Oscar Neeb foi
condenado a 15 anos de trabalho forçado. Miguel Schawb e Samuel Fielden foram
condenados à prisão perpétua. Durante os julgamentos, esses dirigentes
desmascararam as acusações e denunciaram as armações políticas tramadas pela
burguesia durante o processo. Os discursos que pronunciaram no tribunal, assim
como seus comportamentos, são exemplos admiráveis de valentia e integridade, não
delataram, não traíram seus ideais e nem aos seus companheiros.
Neste mesmo período, o movimento dos trabalhadores na Europa havia se
fortalecido, a expressão mais alta disso ocorreu em 1889, no Congresso
Internacional dos Trabalhadores, no qual 400 representantes decidiram que a
jornada de 8 horas seria a primeira exigência. O representante dos
proletários franceses, Lavigne de Bordô, propôs que esta exigência fosse
expressa em todos os países através de uma paralisação universal do trabalho e
o Congresso decidiu que a data do 1° de Maio, em homenagem aos proletários
americanos, seria a da celebração universal do proletariado.
Mesmo depois da conquista das 8h de trabalho, o Dia dos Trabalhadores não
foi deixado para trás. Enquanto a luta dos trabalhadores contra a burguesia e a
dominação de classe continuar, enquanto todas as exigências não forem
conseguidas, o Dia dos Trabalhadores será a expressão anual destas exigências.
E quando melhores dias raiarem, quando toda a classe trabalhadora do mundo
tiver ganho a sua liberdade, então a humanidade provavelmente irá celebrar o
Dia dos Trabalhadores em honra às mais amargas lutas e aos muitos sofrimentos
do passado.
“Todos os trabalhadores devem se preparar para uma
última guerra final que vai por fim a todas as
guerras.” George Engel
VIVA OS 133 ANOS DO 1° DE MAIO! VIVA OS DIRIGENTES DE CHICAGO!
GREVE GERAL DE RESISTENCIA NACIONAL!
Bolsonaro inaugurou seu governo declarando guerra total ao povo.
Tripudiando com o desespero de milhões de desempregados e bajulador da
patronal, chegou a afirmar que se o trabalhador já tem emprego, não tem que
reclamar direitos. Sua primeira medida foi reduzir o valor do já miserável
salário-mínimo, tirando R$8 da remuneração de 67 milhões de trabalhadores e
trabalhadoras do país. Além disso, planeja aprovar um pacote de leis que
arrocha e criminaliza a vida do pobre, iniciando com a privatização da
Previdência Social.
Mentem descaradamente quando falam de rombo da Previdência e não falam
nada sobre os rios de dinheiro que o governo desvia da arrecadação de impostos
(47% do Orçamento) para pagar a eterna dívida pública. Entre os anos de 2000 e
2015 foram retirados mais de um trilhão (R$ 1.454.747.321.256,90 trilhões) da
Previdência Social. Além disso, com "desonerações", "incentivos
fiscais" e "renegociação das dívidas" de grandes empresas, como
as da VALE e JBS, só no ano de 2017, mais de R$ 150 bilhões deixaram de ser
arrecadados pelo governo.
Querem arrebentar a aposentadoria e a pensão dos mais pobres e manter
intocáveis os privilégios desta corja de marajás do alto escalão do serviço
público, que recebem salários de mais de 50 mil reais (juízes 57 mil e alto escalão
dos militares 89,9 mil) enquanto a maioria dos trabalhadores recebe os míseros
R$998 do salário mínimo. Quanta hipocrisia!
A segunda medida do governo Bolsonaro: nenhuma terra para camponeses
pobres, indígenas e quilombolas. O segundo decreto de seu governo foi passar
para o Ministério da Agricultura a competência de decidir sobre as questões
agrárias no objetivo de liquidar com qualquer política de reforma agrária e de
demarcação de terras indígenas e quilombolas, além da fiscalização do
desmatamento no país e dos cuidados com as florestas. No Brasil já é mais que
sabido, mas ocultado, que grandes proprietários de terra são grileiros e
ladrões de terras. Com o apoio da polícia e da justiça, invadem terras
públicas, tomam terras dos pequenos e médios proprietários, invadem terras indígenas
e quilombolas, perseguindo, torturando e assassinando os pobres no campo.
Conclamamos a todos/as os/as trabalhadores/as a lutarem contra essa Reforma
da Escravidão, que vai literalmente levar à morte a grande maioria do povo
pobre do Brasil. Está na hora da nação brasileira se levantar mais uma vez na
defesa de seus direitos, que foram conquistados com o sangue derramado daqueles
que um dia lutaram para assegurar ao trabalhador o mínimo de garantia de
sobrevivência em sua velhice depois de uma vida inteira de trabalho.
PELA REVOGAÇÃO DA “REFORMA TRABALHISTA”!
CONTRA A “REFORMA DA PREVIDÊNCIA”!
TERRA PARA QUEM NELA VIVE E TRABALHA!
CONTRA AS MEDIDAS ANTIPOVO E VENDE-PÁTRIA!
PELO DIREITO DE GREVE, DA LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO E DE ORGANIZAÇÃO!
CONTRA A INTERVENÇÃO MILITAR E REPRESSÃO AOS POBRES DA CIDADE E DO
CAMPO!
ASSINAM: Simsed,
Comando de Luta de Aparecida de Goiânia, MPG – Mobilização dos Professores de
Goiás, Liga Operária, Marreta – Sindicato da Construção Civil de BH,
Trabalhadores da Saneago, Comitê/GO do jornal A Nova Democracia (go), Mepr,
Moclate, CA de Enfermagem.
*PANFLETO DISTRÍBUIDO NO ATO DE 1º MAIO/2019 NA CAMINHADA PRAÇA CÍVICA - PRAÇA UNIVERSITÁRIA. O COMANDO DE LUTA FEZ PARTE DE MAIS ESSA LUTA.
*PANFLETO DISTRÍBUIDO NO ATO DE 1º MAIO/2019 NA CAMINHADA PRAÇA CÍVICA - PRAÇA UNIVERSITÁRIA. O COMANDO DE LUTA FEZ PARTE DE MAIS ESSA LUTA.
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