"O Brasil não pode parar por conta de algumas mortes!" Esse foi o pronunciamento do presidente Bolsonaro diante da situação complexa e difícil em que o país e o mundo atravessam. Um discurso irresponsável, pressionado por grandes empresários, industriais, latifundiários e pelo agronegócio, preocupados apenas com a queda em seus lucros, tal qual a lógica do capital.
A verdade é que a crise econômica atual não foi gerada pela China ou pelo Novo Coronavírus, como tenta pregar esse Estado covarde.
Essa crise vem se desenvolvendo e tem se agravado desde que estourou em 2008. Muitas medidas antipovo foram aprovadas pelo atual governo e por outros que passaram ao longo desses anos, com o objetivo de minimizar os efeitos para as classes detentoras do capital, em detrimento de maior degradação na vida dos trabalhadores e trabalhadoras, como exemplo foram as famigeradas "reformas trabalhista e da previdência".
Porém, nesse momento, lidamos com algo muito mais grave. Um NOVO vírus com potencial virulência e com grande letalidade para pessoas idosas e com comorbidades. Um vírus capaz de colocar em colapso aquilo que já era um caos: a saúde pública e a economia brasileira.
Se em "tempos normais", o povo pobre já tinha dificuldade de acesso ao atendimento à saúde, morria sem atendimento, sem leito de UTI, sem acesso às cirurgias e exames de alto custo, agora as coisas tendem só a piorar. Pois, nenhuma doença parou por causa do Coronavírus, pessoas continuam sofrendo e morrendo dos mais variados males, crianças continuam nascendo, etc.
Continuar em quarentena é o mínimo que podemos fazer para diminuir os impactos na saúde frente ao que se aponta como uma Pandemia mundial. Essa medida servirá para evitar o alto índice de contaminação e mortes como ocorreram na China, como está ocorrendo na Espanha, na Itália, nos EUA, países que têm mais condições econômica do que o Brasil.
A crise econômica vai se agravar e o governo tem condições e obrigação de combatê-la. O Estado através de seus governantes precisam adotar medidas de socorro mais ofensivas e não tímidas, como têm feito. O Brasil é um dos países com a maior arrecadação de impostos, esse dinheiro necessita voltar aos trabalhadores e trabalhadoras, aos/às desempregados/as e aos/às desalentados/as. Além desse recurso, o governo pode efetivar a proposta de diminuição dos altos salários, ainda taxar as grandes riquezas, e suspender a tributação aos mais pobres e pequenos empresários.
Contrariando a ideologia burguesa de sempre, a crise expõe o que sempre defendemos: os/as trabalhadores/as são os/as geradores/as da riquezas do mundo. Sem essa força de trabalho, o mundo para, a economia não gira. Está mais do que na hora de exigirmos que essa riqueza retorne às mãos de quem a gerou.
Se o/a trabalhador/a voltar agora para o mercado como querem os empresários e esse governo genocida, teremos possivelmente um número bem maior de pessoas morrendo de fome e de doença. Um caos muito maior será instaurado no país.
Assim, é importante que estejamos mais unidos e mais fortes para lutar novamente contra as políticas antipovo do governo. Não podemos deixar a defesa da vida coletiva em prol dos interesses individualistas e mercadológicos propagados pelas propostas desse presidente de extrema-direita e sua claque. Temos que lutar pela sobrevivência do maior número de pessoas possíveis, mais do que nunca combater o Novo Coronavírus, a fome, a pobreza e a miséria do povo brasileiro de cabeça erguida e com dignidade!
A quarentena e o isolamento social não podem paralisar nosso pensamento crítico e nosso espírito de solidariedade.
Em tempo de quarentena ou não, uni-vos!
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