O Comando de Luta da Educação de Aparecida de Goiânia, saúda as mulheres de nossa categoria, trabalhadoras do campo e da cidade pelo Dia Internacional da Mulher Trabalhadora.
Saudamos as mulheres de nosso povo, e reverenciamos a memória das combatentes que na história de luta dedicaram suas vidas a libertação das mulheres do julgo do capitalismo e decorrentes dele toda exploração e opressão a que as mulheres são impostas.
Saudamos as trabalhadoras da educação, que são a maioria nesse árduo trabalho, que lutam diariamente para manter de pé a educação nesse país, tão sucateada e desprezada pelos gestores públicos.
Nesse momento que estamos passando, com o agravamento da crise sanitária em decorrência da Pandemia do coronavirus destacamos pesquisas que mostram como o povo é o principal afetado, e que mulheres e meninas são ainda mais, pois enfrentam riscos adicionais devido às desigualdades. Elas estão na linha de frente da resposta à COVID-19, onde representam mais de 85% entre profissionais de enfermagem e quase metade dos médicos. Trabalhadoras da educação que somam seu trabalho de forma remota com os trabalhos domésticos que agora são redobrados pela quarentena. Fazem parte dos setores mais impactados como serviços de acomodação e de alimentação, indústria de roupas e varejo. Lembramos também sua enorme participação no emprego informal as tornando menos propensas a ter proteção contra demissões, licença médica remunerada e outros direitos trabalhistas caso percam o emprego.
Em relação à segurança, com os confinamentos uma grande parte das mulheres estão presas em um ambiente que deveria ser seguro, mas 30% delas sofrem violência por parte de um parceiro íntimo.
As mulheres já gastam, em média, mais de três horas por dia a mais em cuidados e trabalho doméstico não remunerado do que os homens. Com a quarentena esse tempo que elas gastam no cuidado de crianças, doentes e idosos, além da realização de tarefas domésticas aumentou.
Com o agravamento da crise pelo coronavirus observamos a importância de reverenciarmos a memória daquelas mulheres combatentes, que lado a lado com os homens do povo lutaram pela destruição desse velho Estado, que mantem nosso povo refém dessa lógica de morte e exploração.
Por fim, convocamos a todas as mulheres a elevarem sua mobilização, politização e organização na luta por direitos e assim por um mundo mais justo e igualitário para todas e todos.
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