O Comando de Luta da Educação de Aparecida de Goiânia vem, através desta, manifestar seu total repúdio às ameaças feitas à retirada das dobras sinalizada desde a posse do novo secretário de educação, Wanderlan Renovato e novamente retomada na reunião com os diretores (as) no dia 15/06/2020.
O Comando de Luta reconhece a importância dessas dobras em momentos oportunos para a manutenção do atendimento aos filhos dos trabalhadores e trabalhadoras de Aparecida para que os mesmos não fiquem sem aulas devido ao grande déficit de professores e professoras na rede causada pela própria SEMECT.
Devido à falta de concursos, e ainda ao vencimento do último concurso (2014/2018) na rede mesmo com pessoas no cadastro de reserva para serem convocados/as, há um grande déficit na educação, sendo ocupados por dobras, ou seja, uma grande parte dos trabalhadores (as) da educação em Aparecida de Goiânia não são efetivos, além dos apoios aos alunos NEEs.
São trabalhadores (as) que necessitam trabalhar um período a mais para sobreviver (sem acesso a vários direitos), visto que, em Aparecida de Goiânia os direitos mais básicos dos servidores (as) efetivos da educação não são cumpridos há muito tempo. Salários defasados, não atualização de Piso, database, progressões, titularidades de pouco em pouco, licenças não concedidas, falta de materiais para o trabalho que acabam onerando ainda mais os trabalhadores (as), entre outros.
São servidores (as) que se dispõe a trabalhar e carregar a educação desse município nas costas e não recebem os direitos trabalhistas mais básicos como: regência, 1/3 de férias, salário de julho, décimo terceiro (apenas proporcional), sem direito à licença médica e/ou atestados maiores que 3 dias, recebem só os dias trabalhados. É um grande valor que a SEMECT e Prefeitura deixam de pagar, ou seja, economizam muito com as dobras. Inclusive com as agentes que fazem extensão de carga horária e não recebem o proporcional digno ao tempo de extensão.
Agora, durante uma Pandemia, onde os mais afetados são os trabalhadores (as) com cortes de direitos e morte de entes queridos, a SEMECT decide cogitar a possibilidade de cortar essas dobras caso as aulas presenciais não voltem. É um absurdo! Teremos nós, servidores (as) da rede que escolher, morrer de Covid 19 ou morrer de fome e não conseguir pagar as contas?
Terão os efetivos que assumir a sobrecarga das turmas que ficarão sem professor?
Portanto, chamamos a categoria a se levantar contra o corte das dobras. A se colocar ao lado dos nossos pares que cotidianamente estão conosco nas escolas, atendendo alunos e principalmente aos alunos NEEs.
Dizemos não à retirada das dobras!
Não aceitamos mais descaso e desrespeito com a educação!
Não aceitaremos nenhuma retirada de direitos!
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